segunda-feira, outubro 17, 2005

Ciúmes

Ciúmes é fogo que arde doído
É ferida ardida no peito
É facada mortal no coração
É raiva doentia queimadora
É raiva daquele que amamos

Ciúmes é uma dor sofrida
É um não querer do quer
É um não pensar do pensar
É um egoísmo da caridade
É um sofrer em qualquer idade

Ciúmes é a dor do amor
Ciúmes é o se ver no outro
É o querer de si o outro
E do outro o que de si quer

Ciúmes é o fogo ardido do amor
É a semente maligna do bem
É o cancer numa flor
Ciúmes é um desgovernado trem.

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